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Foto do escritorCarlos Moreira

Alguns setores da indústria de transformados plásticos provando o sabor das incertezas das startups


Subtítulo: Para acompanhar este momento o Think Plastic Brazil investe em uma série de ações, incluindo parceria com a inovadora escola de negócios StartSe. Participe do evento http://vpo.com.br/Think_Plastic_Brazil_e_StartSe


A COVID-19 em seu estágio inicial no Brasil parecia algo temporário, até o momento quando alguns setores da economia começaram a sentir o peso da paralisação operacional causada pelo lockdown e começaram a provar o sabor da incerteza que as startups conhecem bem.

Uma das iniciativas imediatamente adotadas pelo GT de Crise (Grupo de Trabalho de Crise) do Think Plastic Brazil foi o monitoramento do setor de transformados plásticos brasileiro, buscando:

1. mensurar os possíveis impactos dos indicadores do Programa Setorial;

2. identificar quais ações deveriam ser criadas para contingenciar as ameaças e aproveitar as oportunidades usando as fortalezas da própria indústria local.

Para se ter conhecimento das forças negativas e positivas dos impactos dos indicadores foram aplicadas três diferentes pesquisas. A primeira foi exploratória, por meio do método de técnicas projetivas para levantar informações que ainda não poderiam ser usadas como conclusões estatísticas (por não termos conhecimento do evento causado pela pandemia), mas que serviria para o entendimento do contexto e obtenção de ideias iniciais que iriam direcionar a próxima pesquisa com mais foco.

Após tomarmos conhecimento do que estava assombrando as empresas das cinco verticais, considerando seus diferentes portes e maturidades exportadoras, a segunda pesquisa (https://www.chmcorpp.com.br/inteligencia) aplicada foi a quantitativa, usando o método questionário (survey) com o objetivo de entender o que mudou na política das empresas. Essa análise buscou identificar se a produtividade havia sido afetada, quais foram os principais impactos, quais medidas foram tomadas para contingenciar os riscos negativos, suportes oferecidos aos funcionários (e impactos positivos ou negativos deste apoio), o nível de influência na cadeia de suprimentos (e se a mesma estava sendo analisada), satisfação para com o desempenho econômico, tempo estimado para voltar aos referenciais pré-pandemia, intensidade da operação e mudanças no quadro de funcionários.

A terceira pesquisa – em andamento com prática de monitoramento constante - é exploratória, usando o método de entrevistas em profundidade junto as empresas nacionais e importadoras para coletar informações relevantes que irão criar ações/produtos que apoiarão as empresas assistidas pelo Think Plastic Brazil.

Estas três pesquisas foram alicerçadas sobre a premissa de que deveriam ser respondidas por empresas das cinco verticais do programa, com diferentes portes e graus de maturidade exportadora.

De posse destas informações o GT de Crise criou mais de vinte ações/produtos, que são revistos semanalmente durante reunião de duas horas, definindo novas inserções de ferramentas ou descontinuidade de outras na mesma velocidade que de mudança de cenário no novo normal.

De posse dos resultados destas pesquisas muitos pontos nos chamaram atenção, mas o que mais se destacou foi a semelhança de cenário de algumas empresas apoiadas pelo Think Plastic Brazil com startups. Essas indústrias, bem como as novas promessas de mercado, decidiram construir foguetes em plena queda livre, enquanto ligavam com força total todas suas turbinas. Assim arriscaram suas fichas em duas possíveis saídas: colidir com o fracasso total ou decolar com sucesso absoluto.

O nome da atitude tomada por estas empresas é o que o Reid Hoffman chama de blitzscaling, ou seja, é muito mais que uma estratégia agressiva para crescimento exponencial do negócio que exige sacrificar a eficiência em prol da velocidade. No caso dessas empresas foi a necessidade de manterem seus negócios vivos durante a pandemia que impulsionou as decisões. Ainda de acordo com Hoffman, essas são empresas que priorizam a velocidade sobre a eficiência em face da incerteza de sobrevivência gerada pelo estágio ou momento que a companhia está passando.

Estas empresas estavam tão preocupadas com o momento de incerteza que o instinto empreendedor corroborou para que as mesmas focassem em ganhar escala por meio de novos produtos, outros canais, outros nichos e/ou mercados. O resultado de tamanho esforço levou a um aumento de produção de muitas destas empresas, comprometendo suas capacidades ociosas o final do ano de 2020 e outras até março de 2021. Isso, é claro, sem considerar a falta de matéria-prima no mercado, um tema que merece ainda mais análise futura.

Decolemos juntos, aprendendo com as startups a experiência do risco total na busca pela recompensa suprema.

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